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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Políticos nos tribunais de contas - Um contrasenso lógico!

 Do blog do Ronaldo César
 
Ana Arraes e Aldo Rebelo, além de outros deputados federais, estão disputando uma vaga no Tribunal de Contas da União, onde, aliás, já se encontra o pernambucano, ex-deputado e ex-ministro de Lula, José Múcio Monteiro. Esta vaga, agora, é destinada à Câmara dos Deputados.

As indicações de cortes e tribunais assim demandam um processo político, e muitas vezes esses mesmos futuros conselheiros estarão analisando e julgando contas dos políticos, partidos e grupos que os indicaram aos cargos, gerando uma certa imparcialidade, desnecessária no sistema democrático brasileiro. Além, claro, de julgarem processos e contas de antigos desafetos, seus e daqueles que foram responsáveis por sua indicação.

O ideal seria indicações técnicas, e pronto!

A mesma coisa acontece nos tribunais estaduais. Temos um Tribunal de Contas no estado com conselheiros que, vira e mexe, têm que reprovar contas (ou aprová-las), mas que por suas ligações políticas, acabam sempre objeto de discussão política sobre a parcialidade ou imparcialidade, argumentos utilizados por todos que desejam culpar o Tribunal por alguma decisão.

Vejamos o caso do conselheiro Romário Dias, por ter sido político, as suas decisões são recebidas sempre com um olhar mais atento. A movimentação política de seu filho, deputado estadual Leonardo Dias, também tem sido motivo de especulações sobre o envolvimento do trabalho do pai no tribunal de contas, desde sua candidatura e apoio de determinados prefeitos.

Agora, no caso da Fundarpe, que está sendo analisada as denúncias de superfaturamento de eventos na gestão de Luciana Azevedo, leio no JC que o relator é parente do governador Eduardo Campos. Não que se vá colocar sua posição em dúvida, mas do ponto de vista político é uma situação incômoda, principalmente porque a indicação ao cargo veio do atual governador.

Esta questão da indicação de nomes através de políticos para órgãos de fiscalização chega até o Supremo Tribunal Federal, pois ali vivem os ministros indicados por Fernando Henrique Cardoso e os de Lula, e vê-se claramente os posicionamentos defensores deste e daquele grupo político.

No embate entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, todos diziam que era o ministro de FHC contra o de Lula. O Supremo Tribunal Federal tem que estar acima das ligações político-partidárias, pois é a maior corte do país, e nela imaginamos ter os melhores juristas da nação, sem ideologias partidárias e apenas guiando-se pela constituição federal.

É uma situação política-administrativa-jurídica que o Brasil poderia rever!


domingo, 21 de agosto de 2011

Comer fruta é tarefa escolar

Mudar cardápio de crianças é preocupação em redes de ensino. Brasileiro ingere menos produtos do que o recomendado

Publicado em 20/08/2011, às 11h53

Verônica Almeida

Uma vez por semana as crianças comem frutas e ganham picolé / Foto: Luciana Ourique/JC Imagem

Uma vez por semana as crianças comem frutas e ganham picolé

Foto: Luciana Ourique/JC Imagem

No Instituto Capibaribe, tradicional escola particular fundada há 57 anos no Recife, a merenda é obrigatoriamente coletiva e inclui, todo dia, suco natural e uma fruta da estação. Fazer crianças e adolescentes comerem mais frutas, desejo de muitas mães, é objetivo partilhado por colégios diante de um problema até inacreditável num País considerado o terceiro maior produtor do mundo desse tipo de alimento: o baixo consumo pela população.

A Análise do Consumo Alimentar no Brasil, divulgada há 20 dias pelo IBGE e o Ministério da Saúde, aponta que 90% dos moradores de todas as regiões do País comem frutas, legumes e verduras em quantidade diária abaixo da recomendada. Por brasileiro, são 97,4 gramas de refrigerante ingeridas diariamente, contra 20,6 gramas de laranja e 18,6 gramas de banana, por exemplo. A indústria Nestlé, que lançou este mês campanha a favor de um café da manhã balanceado para as crianças, também constatou em pesquisa que mães recifenses e de outras três grandes metrópoles brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre) gostariam que os filhos comessem mais frutas.

"Gosto de fruta porque fortalece, é mais saudável", surpreende Vitória Xavier, 10 anos, aluna da 4ª série do Instituto Capibaribe, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife. Na última quarta-feira, do lanche composto por uvas verdes e cachorro-quente (um dos pratos prediletos da criançada), Vitória gostou mais da terceira opção: o suco de cajá. Banana, goiaba e acerola também são frutas incluídas na rotina da menina, que é estimulada também em casa a consumir alimentos mais saudáveis.

Mônica Antunes, diretora do instituto e educadora há 40 anos, acredita que educação alimentar é compromisso das escolas também. No Capibaribe, desde a educação infantil os pequenos aprendem na sala de aula e na hora do recreio o valor da boa alimentação. E não é coisa de momento. Nutricionista há 20 anos da escola, Cristiana Menezes reforçou essa lição lá mesmo, quando ainda era aluna. "Fui vítima", diz, brincando. Mãe da escola também, ela acredita que a obrigatória merenda coletiva é um ótimo exercício para os estudantes. "Uma provocação, o aluno é levado a experimentar a pluralidade", afirma. A variedade é o segredo dos lanches, que incluem pão de queijo, pizza e bolo na medida certa, alternados pela nutritiva culinária regional: cuscuz, macaxeira, inhame e tapioca.

"Há estudos mostrando que o alimento às vezes precisa ser apresentado 15 vezes à criança para que ela possa aceitá-lo", ensina a nutricionista Édla Karina Cabral, da Escola Encontro, outra da rede privada que incentiva o consumo de frutas. O colégio já fez campanhas contra o açúcar e agora desenvolve o projeto Fruta Itinerante. Uma determinada fruta é apresentada a cada turma da educação infantil (dos 2 aos 5 anos), para que os alunos descubram cor, cheiro e sabor da novidade. "Em muitas famílias não existe o hábito de variar frutas. Outro dia um aluno de 7 anos revelou que nunca havia visto uma pitomba", conta.

Para Edla, quanto mais cedo for o contato da criança com a fruta, maior será o consumo no resto da vida. "Deve acontecer em casa e na escola", ensina. A forma de apresentar o alimento à criança é fundamental. "É comum os pais associarem ao lazer, ao passeio, o fast-food. A fruta é apresentada no momento da bronca, em casa", alerta.

A nutricionista Sílvia Cozzolino, da Universidade de São Paulo, diz que todas as seis refeições recomendadas para o dia devem ser balanceadas. No café da manhã, por exemplo, um cereal, leite e fruta é a combinação ideal. A pediatra Analíria Pimentel, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, lembra que a prevenção de futuras doenças crônicas deve ser o mais cedo possível. A lógica do bebê saudável condena o consumo exagerado de açúcar, sal e industrializados.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pernambuco Paga o pior salário do País!!

 
 
O jornalista Magno Martins revela hoje uma triste realidade Pernambuco, na área da Educação.Segundo ele  (baseado em dados de uma pesquisa divulgada pela TV Globo), o Estado atualmente paga o pior salário do país aos professores. O profissional de Imprensa informa ainda que os profissionais de ensino não gostam nem um pouco do secretário Danilo Cabral. Abaixo o "petardo" de Magno, que estará no dia 28 participando do II Encontro dos Blogueiros de Bom Conselho.

"Nem tudo é um mar de rosas em Pernambuco, como tenta vender a propaganda do Governo e o próprio governador. Que o digam os professores que, de caras pintadas e nariz de palhaço, foram às ruas do Recife, ontem, protestar contra os baixos salários praticados no Estado. Levantamento nacional aponta Pernambuco como a unidade da Federação que paga o pior salário de professor do Brasil.

Em faixas, exibidas com destaque na manifestação que culminou no prédio da Assembleia Legislativa, estava lá a indignação dos mestres. Uma delas dizia: “Eduardo Campos paga o pior salário do Brasil. Queremos salário digno e não bônus”. Não são os professores que chegaram a criar essa estatística.

Trata-se de uma pesquisa veiculada com destaque no Jornal Nacional, da Rede Globo. O déficit se acumula de gestões passadas, é verdade, mas cresceu na gestão socialista, com a escolha de Danilo Cabral para a Secretaria de Educação. Os professores falam horrores da administração de Danilo e dizem que ele tentou tapar o sol com a peneira ao implantar a política de bônus ao invés de seguir os demais Estados, que adotaram o piso nacional.

Além de tratar mal a categoria, o secretário não cumpriu com a promessa de contratar concursados que estão há muito tempo na fila, precisamente desde o último concurso de 2009. Na contramão da história, o Governo preferiu a política de sobrecarregar a folha com professores contratados sem concurso, temporários, pela chamada janela do improviso e da ilegalidade. Isso não é exemplo de gestão plena em lugar nenhum do mundo".